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Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 71(3): 88-104, set. -dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1087962

ABSTRACT

A mobilidade geográfica e psicossocial é uma das condições imperativas no mundo atual e afeta significativamente a produção de subjetividade. Partindo dessa constatação, a presente pesquisa analisa e discute o acesso à mobilidade geográfica e psicossocial como elemento central nas relações de gênero, examinando o do caso de mulheres "trecheiras", que vivem transitando de cidade em cidade, sem residência fixa, e de andarilhas, que vivem caminhando pelos acostamentos das rodovias. Mediante entrevistas realizadas com uma mulher "trecheira" e outra andarilha, analisadas sistematicamente, foi possível observar que a deserção para uma vida de perambulação de cidade em cidade ou pelos acostamentos das rodovias decorre de buscas de experiências de autonomia, independência e liberdade contra um sedentarismo desvitalizador que aprisiona a mulher em posições de subalternidade no espaço doméstico


Geographic and psychosocial mobility is one of the imperative conditions in today's world and significantly affects the production of subjectivity. Based on this observation, the present study analyzes and discusses access to geographic and psychosocial mobility as a central element in gender relations, examining the case of "trecheiras", women who live from city to city, with no fixed residence, and of women who are walkers on the road, who live walking along the shoulders of the highways. Through the systematic analysis of interviews with a "trecheira" and with another woman who is a walker in the road, , it was possible to observe that the desertion to a life of wandering from city to city or by the shoulders of the highways, stems from searches of experiences of autonomy, independence and freedom against a sedentary lifestyle that devitalizes and imprisons the woman in positions of subalternity in the domestic space


La movilidad geográfica y psicosocial es una de las condiciones imperativas en el mundo actual y afecta significativamente la producción de subjetividad. A partir de esa constatación, la presente investigación analiza y discute el acceso a la movilidad geográfica y psicosocial como elemento central en las relaciones de género, examinando el del caso de mujeres "zanjadoras", que viven transitando de ciudad en ciudad, sin residencia fija, y de andariegas, que viven caminando por el lado de las carreteras. . A través de entrevistas con una mujer "zanjadora" y otra andariega, analizadas sistemáticamente, fue posible observar que la deserción por una vida de vagar de ciudad en ciudad o por el lado de las carreteras se deriva de la búsqueda de experiencias de autonomía, independencia y libertad en contra de un estilo de vida sedentario que desvitaliza e aprisiona a mujeres en posiciones subordinadas en el espacio doméstico


Subject(s)
Transients and Migrants , Women/psychology , Gender Identity
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